Mae Govannen!
Estou aqui hoje para comentar a repercussão do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) que está bombando as redes sociais, portais de notícias, telejornais, mídia imprensa etc.
A cada minuto do fim de semana havia uma pessoa fazendo piadinhas com as falhas do ENEM. Dei unfollow em pelo menos uns cinco no twiiter.
A reflexão que faço é a seguinte: quem de vocês já participou da organização de vestibulares e concursos, ou, pelo menos, já trabalhou como fiscal de provas?
Se a resposta for sim, estamos no mesmo barco. Fui fiscal do ENEM ano passado. É muito mal organizado. As informações não são claras, deixando margem para possíveis interpretações. Os coordenadores não são devidamente treinados para organizar as provas (isso torna o trabalho dos fiscais ainda pior).
A dinâmica da prova é muito ruim. 180 questões e uma redação em apenas algumas horas de prova?!? Não é só isso.... Vocês já viram o tamanho dos textos para cada questão? É praticamente impossível você revisar toda a prova, senão corre-se o risco de ficar sem tempo para marcar o gabarito.
Contudo, temos que analisar o outro lado: INEP. Imagina você organizar um exame em praticamente todas as cidades do país, com mais de 3 milhões de pessoas fazendo provas e mais de 1 milhão de pessoas envolvidas na organização.... Não é brincadeira não!
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| Joaquim José Soares Neto - Presidente do INEP |
O que me deixou mais surpreso foi à transferência de culpa que o INEP fez e ainda está fazendo. Nunca a culpa é deles. A culpa é da gráfica que imprimiu errado, é dos fiscais que não passaram a informação correta, é dos candidatos que não souberam de adequar as dificuldades.
Admitir a culpa é o primeiro passo para que os erros não ocorram novamente.
Para piorar a situação, a Justiça Federal decretou a suspensão do ENEM, alegando que os candidatos foram prejudicados pelos erros na aplicação das provas.
Claro que cabe recurso. Mas o desgaste do INEP e, principalmente, do ENEM como prova de conhecimento está gigantesco. Não me surpreenderia se o próximo governo acabe ou, pelo menos, mude o nome do ENEM para evitar preconceitos.
Iremos escutar muito ainda sobre este ENEM (e as piadas vão continuar).
Cabe a nós, cidadãos brasileiros, é lutar pelos nossos direitos e nunca calar-se frente ao desrespeito, a incompetência e as injustiças que acontecem a todo o momento.
Namarië!






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